Chega o fim do ano, e o mundo parece entrar em um modo automático de felicidade. Ruas iluminadas, vitrines enfeitadas, propagandas mostrando famílias sorridentes… e você pode estar aí, se sentindo deslocado, triste ou até mesmo sobrecarregado com tudo isso. Será que tem algo de errado com você? Não, não tem. E saiba que você não está sozinho.
A “depressão de fim de ano”, ou essa tristeza que muitas pessoas sentem nessa época, é mais comum do que parece. Enquanto o mundo celebra, para alguns, o período desperta reflexões sobre conquistas, perdas e até sobre quem somos. É como se todos esperassem que você estivesse no clima de festa, mas, na prática, a realidade nem sempre é assim.
Por Que Isso Acontece?
O fim de ano carrega um simbolismo forte: é o momento de balanço, de “fechar o ciclo”. Mas, quando olhamos para o que não conseguimos realizar, é fácil cair na armadilha de se sentir frustrado ou até impotente. Além disso, as redes sociais não ajudam. Todos parecem estar vivendo o réveillon perfeito, as festas em família mais felizes, ou exibindo as viagens e presentes luxuosos. E, se isso não faz parte da sua realidade, o sentimento de exclusão pode bater forte.
Outro ponto importante é o impacto emocional de perdas, principalmente depois de períodos difíceis como a pandemia. Para muitas pessoas, o fim de ano traz a saudade de quem não está mais aqui, o que pode intensificar a solidão e a melancolia.
Como Lidar com Tudo Isso?
A Psicóloga Thais Rosa explica que o primeiro passo é lembrar que não há problema algum em não se sentir feliz o tempo todo. Aqui vão algumas dicas práticas:
1. Desligue o Piloto Automático
Ninguém é obrigado a comemorar. Se essa não é uma data especial para você, tudo bem. Permita-se viver o período à sua maneira, sem ceder à pressão social de “estar no clima”.
2. Se Escolher Participar, Vá no Seu Ritmo
Se você for às festas, escolha o que faz sentido para você. Evite discussões polêmicas, como política, que podem causar desconforto. Vá, curta o que puder e, quando sentir que deu o suficiente, se retire sem culpa.
3. Seja Gentil ao Avaliar o Ano
Muitas vezes, só focamos no que não deu certo. Mas e os dias em que você superou desafios? E as pequenas conquistas? Ao fazer o balanço, olhe para o todo. Aquilo que ficou pendente pode virar aprendizado para o próximo ano.
4. Cuidado com os Exageros
Não tente realizar em um mês tudo o que não conseguiu ao longo do ano. Isso só aumenta a frustração. Cuide também do consumo de álcool e das comidas pesadas: o excesso pode fazer você se sentir mais lento, tanto fisicamente quanto emocionalmente.
5. Viva o Agora
A ansiedade pelo futuro ou a saudade do passado nos faz esquecer o presente. Reserve um tempo para você. Assista a um filme que gosta, ouça uma música que traz conforto ou simplesmente desacelere. Momentos especiais não precisam ser grandiosos, mas significativos para você.
E Se Ainda Assim For Difícil?
Se a tristeza persistir ou se transformar em algo mais profundo, procure ajuda. Falar com um psicólogo pode ser um alívio, além de ajudar a entender os sentimentos que estão surgindo.
No fim, lembre-se: o fim do ano é só uma virada no calendário. Não existe um modelo certo de como você deve se sentir ou comemorar. O mais importante é respeitar seus próprios limites e encontrar formas de atravessar esse período com mais leveza. Você merece.
Saiba mais sobre a psicóloga Thais Rosa
Aos 46 anos, Thais Rosa é a personificação de uma carreira marcada pela paixão pelo desenvolvimento humano. Psicóloga e psicanalista, ela construiu um percurso inspirador que combina experiências no mundo corporativo, na prática clínica e na criação de conteúdo sobre saúde mental.
Iniciou sua trajetória profissional na área de Gestão de Pessoas, trabalhando em empresas nacionais e multinacionais de médio e grande porte. Durante 10 anos, ela desenvolveu sua carreira em Recursos Humanos, onde sua formação inicial em Administração em RH foi fundamental para compreender as dinâmicas organizacionais e liderar iniciativas de desenvolvimento humano.
Movida pelo desejo de entender mais profundamente o comportamento humano e contribuir de forma ainda mais significativa, Thais buscou a formação em Psicanálise, e pós-graduação em Psicanálise Freudiana e logo após sua formação fundou juntamente com seu sócio Alexandre Martins o Espaço Personne localizado na Zona Sul e outro na Zona Norte de São Paulo , onde atua desde 2014.
Mas sua paixão pelo ser humano não parou por ai, na sequência fez graduação em Psicologia. Além disso, especializou-se em Psicologia da Saúde e realizou um aprimoramento em ansiedade e depressão pelo Hospital Israelita Albert Einstein, integrando uma abordagem diversificada e profundamente humana em sua prática.
Reconhecendo a importância de ampliar o debate sobre saúde mental, Thais também começou a atuar no universo corporativo. Por meio de palestras e workshops, ela aborda temas como saúde mental no trabalho, síndrome de burnout, liderança, comunicação, felicidade no trabalho. Sua experiência de mais de uma década em RH, aliada à formação em psicologia, a posiciona como uma facilitadora capaz de criar conexões entre os desafios empresariais e o bem-estar das pessoas.
Em 2022, ela deu um novo passo ao lançar o podcast Terapia Etc e Tal em parceria com um grupo de psicologas, uma plataforma onde discute temas relacionados à saúde mental, autoconhecimento e equilíbrio emocional. O podcast é um canal que reflete sua missão de democratizar o acesso a informações de qualidade, sensibilizando ainda mais pessoas sobre a importância de cuidar da mente.
Hoje, Thais Rosa é reconhecida por integrar sua sólida formação acadêmica, experiência prática e paixão pelo ser humano, atuando como uma psicóloga e psicanalista comprometida em promover a saúde emocional e o desenvolvimento humano. Sua trajetória inspira não apenas indivíduos que buscam apoio terapêutico, mas também empresas que desejam construir ambientes mais saudáveis e produtivos. Seja no consultório, no palco de uma palestra ou no microfone de um podcast, Thais segue fiel ao seu propósito: “facilitar o autoconhecimento e ajudar as pessoas a florescerem”.
Para mais orientações, siga o PodCast “Terapia e tal”
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