Nos últimos dois anos, a demanda por cirurgias plásticas em idosos no Brasil registrou um aumento significativo de 6,6%, conforme revelam dados da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP). Esse crescimento reflete uma mudança na percepção dos idosos sobre a própria aparência e bem-estar, com muitos buscando manter uma aparência rejuvenescida e condizente com sua energia e estilo de vida.
O Dr. Wendell Uguetto, cirurgião plástico membro do hospital Albert Einstein (SP), detalha os procedimentos mais procurados por essa faixa etária. “Com o envelhecimento, não tem jeito! O paciente vai perdendo colágeno tanto no rosto quanto no corpo. A elasticidade da pele já não é a mesma, as estruturas ósseas do rosto atrofiam e a musculatura cede. O nariz e os lóbulos das orelhas aumentam de tamanho”, explica o Dr. Uguetto, destacando os desafios específicos das cirurgias plásticas em idosos. Entre os procedimentos mais populares estão as cirurgias de rejuvenescimento, como o lifting facial, especificamente a variante conhecida como deep plane facelift. “O deep plane facelift é uma técnica mais profunda que tem ganhado popularidade novamente. Cirurgias de nariz para redução do tamanho, blefaroplastia para corrigir as pálpebras caídas e o browlift, que levanta a supercílio ou as sobrancelhas, também estão entre as mais realizadas”, comenta o Dr. Uguetto.
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Os avanços na anestesia e no manejo clínico nos últimos 30 anos contribuíram significativamente para a segurança dessas cirurgias em pacientes mais velhos. “Os pacientes de 70 anos de hoje são totalmente diferentes dos de 30 anos atrás. Isso nos permite realizar cirurgias maiores, como de mama, abdômen e até mesmo lipoaspiração, com maior segurança e tolerância”, afirma o cirurgião, que é bastante atuante em suas redes sociais. Nos últimos cinco anos, técnicas que estimulam a produção de colágeno têm se tornado uma grande novidade no campo da cirurgia plástica para idosos. Dr. Uguetto destaca o uso de aparelhos que promovem uma leve agressão na pele, como o microagulhamento com radiofrequência. “Esses métodos ajudam a estimular a produção de colágeno, melhorando a firmeza e a elasticidade da pele mais sensível”, explica.
A motivação por trás dessa tendência é clara: os idosos estão mais ativos e querem manter uma aparência que reflita seu espírito jovem. Muitos já passaram por procedimentos anteriormente e, agora, buscam manter os resultados e prolongar a sensação de bem-estar. “Hoje, o idoso está mais consciente da importância de cuidar da aparência, não apenas por questões estéticas, mas também para manter uma boa qualidade de vida”, conclui o Dr. Wendell Uguetto.
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Essa tendência crescente reflete não apenas uma mudança na forma como os idosos encaram o envelhecimento, mas também a evolução das técnicas e a segurança dos procedimentos de cirurgia plástica, que se tornaram mais acessíveis e seguros para essa população.
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