A cantora Claudia Leitte enfrenta um impasse que pode comprometer sua participação no Carnaval de Salvador de 2025. A controvérsia surgiu após uma alteração na letra da música “Caranguejo”, na qual a artista substituiu a referência a Iemanjá pelo nome “Yeshua”, termo hebraico para Jesus. A mudança provocou uma forte reação de representantes das religiões afro-brasileiras, que classificaram a atitude como um ato de intolerância religiosa. Em resposta, o Instituto de Defesa dos Direitos das Religiões Afro-brasileiras (Idafro) protocolou uma ação no Ministério Público da Bahia (MP-BA), solicitando que a prefeitura de Salvador e o governo do estado não contratem a cantora para eventos públicos durante a festividade.
O pedido formal do Idafro sustenta que a alteração na letra da música representa um desrespeito às religiões de matriz africana, além de reforçar o apagamento cultural dessas tradições no Brasil. Para os representantes do instituto, substituir o nome de Iemanjá — uma entidade sagrada no Candomblé e na Umbanda — por uma referência cristã constitui um gesto que deslegitima a fé de milhares de brasileiros adeptos dessas crenças.
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A polêmica se intensificou com manifestações de lideranças religiosas e de entidades ligadas aos direitos humanos. O caso trouxe à tona uma discussão sobre os limites da liberdade de expressão e a necessidade de respeito à pluralidade religiosa no país. Para especialistas, a situação evidencia a urgência de um diálogo mais profundo sobre o sincretismo religioso no Brasil e os desafios de se conciliar crenças distintas em um contexto cultural diverso.
Claudia Leitte, por sua vez, pronunciou-se afirmando que não teve a intenção de desrespeitar nenhuma religião. Em nota, destacou que sua carreira sempre foi pautada por mensagens de amor e inclusão. “Minha música é um canal para transmitir amor, paz e conexão. Jamais quis ofender ou excluir qualquer manifestação de fé”, declarou a cantora.
A discussão sobre a participação de Claudia Leitte no Carnaval de Salvador continua em aberto, aguardando uma possível mediação entre as partes envolvidas e uma posição do Ministério Público da Bahia. O caso lança luz sobre a importância de preservar a diversidade cultural e religiosa, promovendo o respeito mútuo em uma sociedade plural como a brasileira.
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