Nesta quarta-feira (15), Daniela Mercury abordou a polêmica envolvendo Claudia Leitte durante uma entrevista à PSNotícias. A cantora destacou a gravidade de alterar a letra de uma música que aborda questões religiosas e enfatizou que “arte não é religião”. Daniela também refletiu sobre a importância de respeitar as crenças e mencionou a repercussão do caso nas redes sociais.
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“Primeiramente, quero dizer que sou amiga de Claudia Leitte. Acho que cada um deve responder por si, explicar por que sente necessidade de fazer algo assim. No final das contas, tudo vai para minha amiga querida, que admiro, respeito e quero bem. Então, acho que ela tem o direito de se expressar à sua maneira, como ela pensa”, declarou.
A controvérsia começou quando Claudia Leitte alterou um trecho da canção “Caranguejo”. Durante uma apresentação, a cantora trocou “saudando a rainha Iemanjá”, referência ao orixá dos mares, por “meu Rei Yeshua”, termo hebraico para Jesus. Daniela opinou sobre o caso: “Eu sinto muito claramente que, quando estamos em cima do palco, estamos fazendo arte, não levando necessariamente uma mensagem religiosa.”
Religião e Cultura
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Mercury ressaltou a relevância dos orixás como parte da cultura brasileira, mencionando o impacto histórico da intolerância religiosa. “Os orixás fazem parte da nossa cultura, como o hino do Senhor do Bonfim. É lógico que é sensível uma troca como essa, especialmente considerando religiões historicamente perseguidas e vítimas de racismo religioso”, explicou.
Ela defendeu que é preciso discutir o tema com responsabilidade. “Não gosto de polêmicas ou linchamentos públicos. Acho importante que a sociedade discuta com respeito e carinho, principalmente em questões de tolerância religiosa em um país democrático. É delicado, considerando a história de exclusão e invasão dos terreiros”, completou.
Sugestão e Reflexão
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Ao comentar sobre como Claudia poderia ter lidado com a situação, Daniela sugeriu que artistas dialoguem com compositores antes de alterar letras. “Arte é arte. Quando cantamos, estamos representando a cultura da nossa cidade, não pregando dogmas ou crenças específicas. Acho que Claudia poderia ter cantado sem problemas, porque ela é uma artista. Não estamos pregando em cima do trio, mas, sim, expressando símbolos culturais”, afirmou.
Por fim, ela ponderou: “Cada pessoa deve decidir como lidar com essas questões dentro de seu contexto. É uma escolha delicada, subjetiva e muito pessoal. O importante é buscar sempre o diálogo e o respeito às raízes culturais.”
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