No vasto calendário da humanidade, poucos dias carregam em si a potência simbólica. O dia 18 de abril é um desses. Nessa data, com 62 anos de intervalo, nasceram dois homens separados por séculos, culturas e contextos históricos — mas unidos por uma silenciosa missão de transformar o mundo com sabedoria, compaixão e propósito. Em 2025, o Rebbe de Lubavitch completaria 123 anos. Já Abraham Schneersohn, nascido em 1994, celebra seus 31 anos, no mesmo dia em que também se completam os 31 anos de falecimento do Rebbe — ocorrido em 12 de junho de 1994, aos 92 anos.
Menachem Mendel Schneersohn, conhecido mundialmente como o Rebbe de Lubavitch, foi mais do que um líder religioso; foi um farol espiritual do século XX. Como líder do movimento Chabad-Lubavitch, guiou milhares — talvez milhões — com sua filosofia centrada na educação, no acolhimento e no respeito à vida, independentemente da crença ou origem. Seu impacto transcendeu fronteiras, sendo reconhecido por diversos chefes de Estado e instituições internacionais. Nos Estados Unidos, todos os presidentes, deRichard Nixon a Joe Biden, reconheceram sua influência.
Em 1978, o Congresso dos EUA e o Presidente Jimmy Carterproclamaram seu aniversário como o “Dia da Educação nos EUA“, uma tradição anual que continua até hoje . Em 1994, o Congresso concedeu-lhe postumamente a Medalha de Ouro do Congresso, a mais alta honraria civil do país, reconhecendo suas contribuições excepcionais para a educação, moralidade e atos de caridade. Internacionalmente, o Rebbe foi homenageado por promover valores universais. Em Portugal, o Observatório Internacional de Direitos Humanos reconheceu-o como uma “referência para o bem da humanidade“, destacando seu legado inspirador na educação e fortalecimento de laços de amizade entre os povos, destacando sua incansável dedicação ao diálogo, à compaixão e à construção de pontes entre os povos. O parlamento da Ucrânia, em diversas ocasiões, também reconheceu sua relevância histórica e cultural.
Seus discursos, cartas e ações formam hoje um legado de ensino e inspiração que transcende o tempo. O Rebbe não apenas pregava — ele agia. Construiu escolas, centros comunitários, programas sociais e redes de apoio que, até hoje, seguem funcionando em dezenas de países. Sua visão ultrapassava as barreiras da religião: ele acreditava que todo ser humano carrega em si uma centelha divina capaz de transformar o mundo à sua volta.
Em 2025, marca-se o que seria seu 123º aniversário, e também 31 anos de sua partida física. No entanto, sua influência permanece viva, atravessando continentes e gerações. Sua missão era clara: iluminar o mundo com sabedoria e dignidade.
No mesmo 18 de abril, seis décadas depois, nasce Abraham Schneersohn. A conexão entre eles, mais do que nominal, familiar ou simbólica, parece tecida por fios profundos de legado. Abraham é um polímata contemporâneo, com trajetória singular: iniciou-se no Direito, migrou para a Medicina, cursou Administração, Gestão Pública, Ciência Política e é pós-graduado em diversas áreas da saúde e das ciências sociais. Vive entre o rigor técnico e a sensibilidade espiritual, caminhando com um pé no campo executivo e o outro na contemplação filosófica.
Entre 2016 e 2021, criou o projeto AJUDE-SE, voltado a oferecer suporte multidisciplinar a pessoas em sofrimento psíquico, com o auxílio de psicólogos, terapeutas e psiquiatras. Atuou em regiões de vulnerabilidade extrema, fornecendo medicamentos e assistência direta a quem mais precisava. Hoje, como sócio de um grupo de clínicas, dedica-se às estruturas que sustentam a saúde coletiva, sem abandonar o fio condutor de sua vida: usar o conhecimento para curar, elevar e integrar.
Assim como o Rebbe deixou um legado de ensinamentos eternos, Abraham também parece se preparar para eternizar. Embora nunca tenha lançado uma obra física, é reconhecido por seu vasto acervo de textos filosóficos e espirituais — muitos dos quais já foram citados por pensadores e figuras públicas, no Brasil e no exterior. Nos últimos meses, seus seguidores têm acompanhado indícios cada vez mais claros de que o momento da publicação se aproxima.
Em suas redes sociais, especialmente no X (antigo Twitter), Abraham compartilhou:
“O livro já está pronto há um bom tempo. Só busquei enxugá-lo mais. Obviamente não conseguirei abordar tudo que gostaria, mas desde 2016, quando comecei a escrevê-lo, meu propósito era abordar ciência, psicologia, filosofia e espiritualidade. Só agora o considero concluso. É extenso, mas vale a pena.”
O nome da obra parece já estar definido: Diluculum, termo em latim que remete ao “primeiro brilho do amanhecer”. Recentemente, Abraham entrou com o pedido de registro da marca, o que gerou ainda mais expectativa entre seus leitores — que aguardam o livro há nove anos. Ao ser questionado sobre o valor da publicação, ele respondeu de forma sincera:
“Sempre sonhei em lançar uma obra de alta qualidade, com capa dura, papel pólen e um design refinado. Ainda que o valor final não esteja definido, a margem destinada a mim como autor será simbólica. Nosso esforço tem sido negociar com editoras para garantir o melhor custo possível, sem abrir mão do cuidado estético e do conteúdo profundo. Ser escritor no Brasil é, muitas vezes, um ato de filantropia — e eu abraço isso.”
O gesto de publicar um livro após quase uma década de escrita não é apenas a conclusão de um projeto pessoal — é também a abertura de um novo ciclo. E talvez por isso mesmo, o paralelo com o Rebbe não seja apenas simbólico e familiaridade. Ambos se dedicam ao próximo com vigor — um pelo ensino e estrutura comunitária, o outro pela escrita, pela saúde e pela reflexão espiritual. Um enraizado na tradição; o outro, nas dinâmicas do mundo contemporâneo.
No entrelaçamento sutil entre o Rebbe e Abraham, o que vemos não é apenas uma coincidência familiar. Toda nossa equipe desejamos felicitações a um legado que enxerga o próximo!
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