Alisson Eliseu Veber do Nascimento, mais conhecido como Jason Packer, nasceu em Santa Catarina, tem 27 anos e vem marcando presença no mundo midiático. Aos 6 anos de idade, era uma criança muito prestativa, ajudava seus pais a venderem frutas e verduras, andando pelo bairro todo com uma bicicleta de adulto, mesmo sendo tão pequeno… Contudo, a dificuldade para alcançar o banco da bicicleta jamais o impediu de ir atrás de seus objetivos, e essa força de vontade persistiu às marcas do tempo. Numa madrugada como qualquer outra, Jason foi buscar frutas com seu pai, para que no dia seguinte, fossem revender em outra cidade. Mas nessa noite tudo mudou. Um incidente fez com que o carro onde estava colidisse com outro automóvel, e então capotou várias vezes. Seu corpo foi bruscamente arremessado, pára-brisa afora, parando do outro lado da rodovia.
Foram 3 anos na UTI, e ninguém era capaz de reconhecê-lo: seu rosto e corpo haviam sido deformados. Os médicos disseram que não havia chance, que sua vida estava por um fio, e “só sobreviverá se Deus permitir”. E Deus permitiu. Nas idas e vindas ao hospital, 10 anos se passaram. Muitas complicações em seu estado – que era grave, para falar o mínimo – fizeram com que ele retornasse ao leito, para ficar sob cuidados médicos. “Foi uma correria contra o tempo, e minha mãe nunca desistiu. Ela sempre estava lá. Ela, e as assustadoras paredes brancas”. A instabilidade de sua saúde o levou a frequentar a escola, e parar. Assistir aulas, e parar. Às vezes estudava no hospital, às vezes, na escola. Nada parecia normal. E no momento mais delicado de sua vida, veio o preconceito: quando ainda era uma criança, na escola, devido à necessidade de portar uma cadeira de rodas.
Passado um tempo, tendo por volta de 16 anos de idade, Jason estava saindo do hospital, num final de semana, para almoçar em casa. Então outro acidente de carro o acometeu, levando-o de volta para o hospital. Quando seu estado tornou-se estável, e pôde voltar – provisoriamente – para a sua casa, conseguiu a recuperação.
No ensino médio, teve de vivenciar mais preconceito, mas nada era capaz de corromper sua visão de mundo, seu amor à vida. Como desistir não estava em seus planos, ele jamais abandonou a ideia de que um dia conseguiria se tornar alguém, e mostrar do quão capaz é. Concluiu o ensino médio, entrou para a faculdade, formou-se. Tornando-se um ator, com DRT e tudo. Aos 25 anos de idade, após outro grave acidente de carro (que o levou a sofrer traumatismo craniano), decidiu se mudar para São Paulo, e não ter mais um carro. Hoje, é noivo, trabalha na área que sempre desejou, e viaja pelo Brasil, encima de sua cadeira de rodas. O que o incidente provocou, é para ele apenas um detalhe. “O que importa é a vida, e todas as chances que Ele me deu”.
